Monday, March 23, 2009

Saibogujiman kwenchana - I'm a Cyborg, But That's OK

i'm a cyborg, but that's ok - directed by chan-wook park

directamente da coreia do sul, chega este excelente filme do realizador do magnífico oldboy, o seu filme mais conhecido e sem dúvida um must para quem goste de bom cinema. este, apesar de não ser genial como o oldboy, não deixa de ser bem interessante e tem, igualmente, uma fotografia assombrosa! todo o filme gira em volta dos residentes de um hospital psiquiátrico e da sua loucura(?). um pouco como o voando sobre um ninho de cucos. o que não é um tema nada fácil de ser bem sucedido, como se pode facilmente imaginar! durante a primeira metade são-nos apresentados os diversos personagens e os seus problemas, focando com mais intensidade uma mulher jovem que pensa ser um cyborg, que fala com as máquinas e que se alimenta exclusivamente da energia de pilhas; e de um cleptomaníaco que anda sempre com mácaras de coelho para esconder a sua vergonha. mas há mais alguns que entram activamente na história... na segunda parte o tema é já o romance destes 2 personagens e a ajuda do homem-coelho-ladrão na salvação física da cyborg, coisa que os médicos não estavam a conseguir. alimentado-se de energia e sem comer era complicado sobreviver, não acham?! mas ela estava convencida e o seu único interesse era qual o sentido da vida e, principalmente da sua vida! o amor, mesmo sem essa consciência normal, pode mover montanhas, e o homem-coelho está decidido em salvá-la, contando com a sua inteligência e ajuda de todos os outros loucos. posto assim parece um inenarrável filme de série-b, mas a verdade é que chan-wook park leva a água ao seu moínho: para salvar alguém às vezes basta ouvir e compreender, nada mais nada menos! com tudo no seu lugar, com efeitos-especiais a ajudar no ponto certo e com a espantosa fotografia e representação, este foi um filme de que não percebi a ideia durante uma hora, mas que depois me consegiu deliciar. talvez esteja a ser um pouco benevolente demais, mas este é um filme diferente e cativante no meu entender, um romance belo e sem fronteiras ou limites...

a minha classificação: 8 em 10

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