Wednesday, May 21, 2008
o Polvo camuflado
o polvo camuflado__canetas sobre papel__by Junqueira
no fim do poço vive um polvo
diz-se in(u)cente pobre coitado
é branco e azul de riscas riscado
é uma vítima dum sistema
em tempos idos instalado
pois se só o usou em legítima defesa
pois se não o denunciou
foi puramente por respeito e pudor
como pode então
ser ele o culpado?
vis criaturinhas essas morgados
que não ladram mas mordem
que não se dão por bobis e tarecos
vis criaturas que lhe arruinam
os grandiosos legados
neste cantinho
à beira-mar plantados!
tadinho...tadinho do polvinho
fez dói-dói fez bebé?
O moínho do Sócrates
Os moínhos do Sócrates não são gigantes da mancha, sempre tortos:
-são arte do século XXI, arte tecnológica grita ele entre dentes.
Os moínhos do Sócrates não são monos gigantes:
-são anjos que correm leves aos quatro ventos!
chiam ritmados no velho far-west, adorados ídolos de ferro,
que morrem de pé, num fim tristemente mudo
Ah! como são belos estes colossos do futuro,
em que a luz é nada,
e o ângulo é tudo!
Friday, May 9, 2008
blond red woman black&White orange blue man
Dia Um Ano Zero: O Fim
Na Varanda Selvagem a vida é difícil: das pragas à seca extrema; da seca extrema ao dilúvio; do dilúvio ao terramoto...
Felizmente, no meio destas intempéries, eis que surge a primavera!
Foi no meio da selvática Varanda que o temeroso Crítico recebeu a mensagem.
Foi do meio dessa varanda que ele se lançou às feras.
Foi nessa mesma varanda que ele um dia sonhou ser um Frangipani,
a crescer indolentemente ao sol!
Por debaixo dos seus braços gerações de rebentos iriam
da terra brotar.
No meio das suas folhas infinidades de flores iriam
fragosamente coloridas aparecer.
Sob a força do seu tronco lenta e vagarosamente vai
a vida docemente crescer.
Felizmente, no meio destas intempéries, eis que surge a primavera!
Foi no meio da selvática Varanda que o temeroso Crítico recebeu a mensagem.
Foi do meio dessa varanda que ele se lançou às feras.
Foi nessa mesma varanda que ele um dia sonhou ser um Frangipani,
a crescer indolentemente ao sol!
Por debaixo dos seus braços gerações de rebentos iriam
da terra brotar.
No meio das suas folhas infinidades de flores iriam
fragosamente coloridas aparecer.
Sob a força do seu tronco lenta e vagarosamente vai
a vida docemente crescer.
Subscribe to:
Posts (Atom)