Wednesday, November 26, 2008

também tenho uma calathea


esta calathea [Calathea Medallion Edge] é um must para quem gosta de folhagem verde dentro de casa. eu também tenho uma como se vê na foto, que veio bem pequenina aqui para a varanda. foi uma boa escolha para este amador-coleccionador que nessa época tinha o irritante hábito de estar sempre a regar...
entretanto o tempo foi passando e a plantinha, amante de água à força cresceu feliz e vigorosa, tornando-se uma verdadeira gigante ao pé daquelas míseras folhinhas de hipermercado!
sei que dá umas flores bem estranhas por sinal, mas aqui nunca mas quis mostrar...
é uma planta comum mas bem vistosa, mesmo sem ver o vermelho-vinho que exibe durante a noite, não acham?!
Calathea
os meus cuidados:
-boa drenagem
-sol directo velado/sombra [o sol directo queima-lhe as folhas]
-humidade constante através dum prato com seixos e água [o ar seco também lhe queima as pontas das folhas
-fertilizar de quando em vez
-planta vigorosa que precisa de vasos sempre maiores
-limpar folhas/restos mortos ou degradados [gostam muito destas limpezas]
-regas frequentes/diárias no verão
-algo vulnerável a cochinilhas [estar sempre de olho;]

tempos espinhosos


tempos espinhosos__digital sobre foto__by junqueira

Thursday, November 20, 2008

os botões já romperam


ah como é bela a vida na varanda. pelo menos para este cymbidium vindo no princípio do ano de um hiper: depois das flores murcharem mudou-se a medo para a varanda e parece que o sol de chapa no verão lhe fez, incrivelmente, bem. tão bem que eu já tinha mostrado a pequena nova haste floral antes, talvez entusiasmado por ser a primeira orquídia a florir nas minhas manápulas.
não sei se foi esse o caso, mas já que falei nela resolvi mostar-atestar o seu desenvolvimento:
como se vê na foto está carregadinha de botões, estranhamente ou não já a adquirir a cor final das flores. se resistirem acho que ainda vai ficar mais espampanante do que quando chegou...
as orquídias têm um encanto especial, e é verdadeiramente delicioso quando nos brindam com as suas preciosidades, não acham?!

3 different colors 3 different styles

estas begónias foram umas das primeiras plantas a chegar à varanda, ainda micro-flores, já lá vão uns 2 anos. posso dizer que as acho super-resistentes a praticamente tudo:
-desde a seca ao dilúvio
-desde o sol abrasador do verão ao frio quase intenso de algumas semanas de inverno
-às pragas [nunca vi actividade neste particular, mas suponho que as lesmas&caracóis as adorem]
-aos fungos e bactérias [muitas vezes apanham oídio e míldio, mas sempre sobrevivem]

já se vê que são plantas tenaciosas e, nos intervalos em que não padecem destes males, ficam bastante frondosas e totalmente cobertas de flores... como toda a gente sabe!]
este foi a primeira tosquia que lhes dei, e como sempre tenho pena de o fazer. para me redimir tento fazer sempre um monte de estacas, simplesmente espalhadas ao acaso pelos vasos...
a minha sorte é que só algumas pegam e assim consigo sempre arranjar um novo cantinho na varanda ;P
não me parece muito importante, mas como não sabia a melhor maneira de as podar, decidi-me por cada cor um visual e levei-as ao hairdresser [pelos outros posts dá para ver que a crista punk podia estar na moda, mas não as favorecia particularmente, pois não?!]
para o próximo ano já vou saber se é a escovinha militar ou a carapinha à marco paulo que as favorece mais. eu depois conto...

Wednesday, November 19, 2008

Com saudades de casa...

Pachypodium lamerei com saudades de casa
contempla o horizonte
[distante
olha o azul do céu como se soubesse
que é o mesmo céu mas não o mesmo azul
[nas ilhas o céu tem outras cores
altiva domina a rua do alto do seu palmo e meio
pequeno, ainda mas couraçado
[por ande param os predadores-herbívoros?
de espinhos luzidios espera paciente
impacientemente pelo regresso
[lemures incautos tenham cuidado,
madagáscar aqui vou éu!

Tuesday, November 18, 2008

solitariamente antecipada


bastaram uns dias de sol mais intenso para alguns dos botões do nosso leptospermum scoparium despertarem antecipadamente, brindando-nos com a sua ainda solitária bela e frágil flor. esta é uma planta em que claramente a beleza maior vem do conjunto enorme de flores, prolongando por largas semanas a época de floração. mas mesmo assim cada flor tem encanto por si só, não é bonita?!
este habitante chegou à varanda no fim do inverno passado, esplendoroso de tanta cor, e foi amor à primeira vista, tornando-se rapidamente uma das predilectas do jardim!
parece que as condições por estas bandas são mesmo do seu total agrado, resistindo inclusivamente e sem mácula a todas as pragas e desastres que assolam e dão o mote ao blog ;P
estes são os motivos que me levam a abrir um anexo de cuidados, os meus cuidados, com as plantas. uma espécie de ficha de identidade simplificada que servirá de mini-base de dados para o futuro, documentando como ou como não se deram bem connosco e em que condições foram mantidos. qualquer sugestão/crítica/curiosidade/comentário é bem vindo, claro!

[temo é que o ritmo de actualização não seja o mais elevado...]

LEPTOSMERMUM SCOPARIUM
[o meu tratamento]

-sol pleno
-abrigado das geadas [tenho uma varanda coberta]
-regas regulares, mas deixo secar bem nos intervalos
-adubo líquido de quando em vez, mas sem grande frequência ou regularidade
-terra normal+cascalho; boa camada de drenagem no fundo do vaso
-muito amor e carinho
------
-periodo de floração na varanda: novembro a ......



Monday, November 17, 2008

tomei-lhe o gosto


é verdade, tomei-lhe o gosto, admito que estou agarrado a estes mini-jardins! o incentivo veio com estas bandejas de transporte de vasos pequenos: suponho que seja da forma rectangular que beneficia sobremaneira, sempre aos meus olhos, a composição em geral.
é certo que não são muito sólidas nem muito espaçosas [é mais aparência que outra coisa] mas, enquanto os cactos forem pequenos, acho que lhes podem proporcionar uma vida confortável.


desta vez deixei mais espaço para crescerem à vontade e para poder modificar, remover ou acrescentar algum elemento à paisagem. para já estão com boa aparência, à parte algumas queimadelas solares [mesmo em novembro o sol está bastante forte], acho que normais pela mudança súbita de ambiente, mas não sei se recuperáveis...


infelizmente e mais uma vez só conheço 2 ou 3 destes cactos, o que já vai sendo sina desde o fim do estufa. mas suponho que isso seja um problema verdadeiramente transversal à maior parte dos usuários do site...
em relação a este mini-jardim em particular agrada-me o ar de filme de cowboys, um farwest a cores onde só faltam meia dúzia de índios a serem perseguidos por um john wayne a preto-e-branco. se ao menos ainda tivesse os playmobil de antigamente seria fácil de vos mostrar a similariedade dos cenários...
por agora de farwest só mesmo o pau, que veio de uma praia-pirata-grega perto de salónica, oferta de um louco meu conhecido e que para john [long neste caso] serviria na perfeição!
foi por estas e por outras que lhe tomei o gosto: associar estórias à história dos jardis, dar nomes às nossas memórias mesmo que sejam nomes-imagens-em-forma-de-blog... e aprender com isso!!!
o playmobil fica para quando eu reciclar algum que ande perdido por aí...

Wednesday, November 12, 2008

Novas Estantes de Flores


na sala da varanda havia uma tosca mesa
feita de andaimes das obras
-QUE MONO!!!
e de um velho tampo de madeira.
já se sabe que os sentimentais
trambolhos para saír nunca têm pressa!
mas há sempre um belo dia
em que o seu mundo lamentavelmente termina;
para a antiga mesa das flores
esse dia já chegou,
com a chegada das novas estantes,
já sem espaço de manobra
o seu serviço terminou.
com alegria nos olhos dançante
logo-logo este jardineiro-criança
o mais prontamente as colonizou!
e, então, o trambolho?!
-LEVA PARA O SOTÃO!
pois foi para lá mesmo que se mudou
[e de mono imprestável] ficou
uma robusta-nova-bela-bancada,
-TODA LINDA E ORGANIZADA...
foi mesmo então. mesmo, mesmo, mesmo então
que eu disse para uma que por ali passava fada:
-OLHA OLHA RESSUSCITOU!!!

Tuesday, November 11, 2008

Planeta T-Nertera-G

nos confíns do universo existia um planeta
tão estranho que parecia saído do principezinho:
não era grande nem era pequeno
não era tacho nem tão pouco era saladeira
era um planeta-taça
e era infeliz, tristemente-solitariamente-pedregosamente
infeliz
[por vezes queremos para nós próprios um pouco de tempo e solidão, mas experimentem 100.000 anos deles...]
lamuriava por companhia,
-só 2 dedinhos de conversa! quero só 2...
e nada, os anos passavam e ele perdido algures numa prateleira dum hiper ao pé de si
sempre só e solitário
solitáriamente só...
até que uma mão-amiga pegou nele, limpou-o de poeiras deu-lhe nova cara e
por fim
lançou o gérmen de uma nova vida no seu seio
-só quero 2...
-espera, ainda é pequena [disse o amador-criador]. um pouco de paciência mais...
e foi assim que ao fim de uma eternidade
com uma nertera granadensis travou uma eterna amizade!
no futuro vai florescer e caír em cascata pelo seu rebordo
o que será sem dúvida
o nirvana da sua existência
e o ciclo fechar-se-à!
quanto ao 2 dedos da conversa, não pensem que me esqueci,
ocorreram mesmo, mas eles não sabem que
só eu é que os ouvi...

jardim parabólico de Lithops sp.

é um novo possível vício, ou melhor, dois: os mini-jardins e os lithops.
estas estranhas criaturas simbióticas não são mais do que um velhinho aquecedor resgatado de um futuro pouco radioso no lixo, e uns pequeninos poucos cactos-pedra [é verdade, para quem não conhece eles estão mesmo lá, basta ampliar a imagem e procurar entre as pedras] recém-adquiridos.
o resultado é uma criatura do futuro de uns, já, longínquos anos 70. uma criatura-bio-metálica-robótica em forma de prato parabólico, colonizada por umas pequenas criaturas metamórficas, e que parece procurar comunicar a qualquer momento com o infinitamente distante espaço sideral!
quando o conseguirem faço um novo post para aquiletar do seu crescimento, está prometido.
só espero que auto-assegurem as suas singelas vidas até lá porque as condições climatéricas, já se sabe, podem ser selvaticamente agrestes na varanda...

Monday, November 10, 2008

a cozinha também tem direito!

Spathiphilum___ Calathea rufibarba___ Ficus pumilla

depois de um fim-de-semana de grandes mudanças e antes de apresentar o resultado da visita ao ikea, decidi fazer um mimo ao novo habitante [não, não é da varanda desta vez!] da cozinha:
claro já se vê que também esta está habitada, aliás como todos os espaços aqui de casa, e com todas as trocas-e-baldrocas este vaso acabou por vir parar à cozinha.
este canto ao pé do fogão parece ser do agrado de todas as plantas que por lá passaram, até já por lá houve um lírio a florir em dezembro e tudo!
este vazinho está mesmo a precisar dum upgrade não é?! as estaquinhas que vieram da entrada do prédio [uma pequenina reciclagem;] já deram conta do espaço quase todo e vigoroso-frondosas como estão já merecem novas acomodações mais modernistas...
e mais dignas do seu verde luxuriante!
espero que fiquem mais ou menos assim:
sonhos de uma noite na cozinha__digital sobre foto__by Junqueira

Alguém me ajuda?


continuando na senda da identificação gostava de atribuír umas etiquetas a cada um destes, para mais tarde recordar. infelizmente sou um leigo na matéria, só os conheço por famílias [e às vezes nem isso!] o que torna quase hercúlea a minha missão... mesmo levando em conta que são exemplares comuns!

já sei que não é nenhuma tragédia grega, nem a varanda é um daqueles magníficos anfiteatros que pululam por todas as encostas dignas desse nome naquelas paragens; mas às vezes gosto de me imaginar
[qual ulisses:
-a minha odisseia
numa teatral aventura sem fim,
microscópica criatura vagueando com rumo
[e ele:
-é minha a odisseia
indolente criatura eternamente apaixonada
cirandando-para-trás-e-para-a-frente
[sim eu sei:
-é tua a odisseia
e eu
cirandando num verde sem fim
amontoado sempre maior, cada vez maior
compondo um cenário eternamente em r[evolução]

felizmente nos tempos modernos é possível recorrer às novas-tecnologias [mesmo sem possuir um magalhães!] e procurar ajuda cibernética. mesmo que não resulte, tentar não custa, pois não?!
pois, à falta do fórum, vejo-me obrigado a recorrer ao blog para o conseguir...
eu sei que dado o micro-tamanho dos bichos mais [+] parece o onde está o wally? mas mesmo assim,
alguém me ajuda???

Friday, November 7, 2008

a bandeja de cactos evoluiu!


como prometido fui procurar umas pedras bonitas para naturalizar a bandeja. sem olho clínico e bem dentro da cidade [ao alcance dum pequenino passeio a pé] lá encontrei estas a jeito. tudo num saquinho mais as pedrinhas pequeninas do jardim e ala-que-se-faz-tarde:
por estes dias a noite não pede permissão para chegar e, como a vontade-de-ver-como-fica é muita, o tempo urge!


nada tem nada de especial é certo, mas acho que já vai tomando forma, como se vê nas «mini-panorâmicas». por enquanto ainda não os conheço todos, mas sem o estufa está difícil...

agora é só vê-los crescer... ainda por cima ouvi dizer que levam uma eternidade, que sorte!!! ;p

os meus primeiros lithops

lithops sp: estes cactos-pedra são mesmo fascinanto-apaixonantes...

hoje comecei mais cedo nas intermináveis «obras» da varanda, que aliás, aos olhos deste novo-apaixonado, já começa a tomar forma.

mas isso são contas de outros rosários...

passado um bom bocado lá fui eu até ao centro de jardinagem

[estava-se mesmo a ver]

o que só não acontece mais frequentemente por um manifesto desconhecimento de um bom sítio para o fazer aqui na zona de coimbra, como se vê lá mais para o norte por exemplo...

mesmo assim encontrei estes lithops sp pequeninos a um euro. mesmo que tenha sido enganado não fico mais pobre por isso. pelo contrário, estou sempre a olhar para eles babado, tão babado que já arranjei uma casinha nova para os mais felizardos!

como não tinha areão improvisei com muitas pedrinhas e substrato de cactos... espero que eles não se sintam intimidados!

Os novos Filhos-Rebentos


bromélias: de+pois das flores os filhos e a morte
o outono tem sido calmo e ameno, pleno de actividade mas parco em resultados visíveis. claro que algumas plantas, sem dúvida por avistarem ao longe algumas já-ainda andorinhas perdidas, pensam que a primavera está a chegar...

deviam-se queixar a-quem-de-direito enquanto é tempo
deviam gritar bem alto e
em bom som a quem não quer ouvir:

ABAIXO AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS!!!

suculentas: os pequeninos filhos nasceram de surpresa...



já se vê que, por agora, não há muitas florações-novas ou crescimentos-abrupto-radicais na varanda... mas à falta disso não é que algumas me decidiram brindar com nova prole de filhos-rebentos?! deve ter sido à laia de incentivo pelo meu esforço outonal:

plantação de bolbos novas prateleiras e estrados bandejas de cactos podas, tratamentos e limpezas arrumações segundo novo organigrama mudanças, transplantes, divisões e estaquio


dracaena, euphorbia e mammilaria: destes já conhecia a existência...

tem mesmo sido trabalhoso este outono na varanda! mas na primavera, se tudo correr bem, vai haver uma explosão de cores e aromas para deleite de quem por aqui cirandar!
já estou a ver os títulos dos jornais:
[a varanda selvagem passa a]
varanda-selvagem-metamórfica-em-forma-delirante
e perguntam vocês:
-isso come-se?!
e respondo-vos eu:
-claro, se forem lagartas, lesmas, pulgões, fungos ou, pior ainda, moscas-brancas vão encontrar aqui um verdadeiro manjar dos deuses!...